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Série: Despertar da Criatividade Selvagem

  • Foto do escritor: Arvind Kidambi
    Arvind Kidambi
  • 25 de abr.
  • 4 min de leitura

Arvind, Brasília 💋


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Artigo 1: O Sussurro — Quando a Criatividade Selvagem Te Chama


Você estava apenas navegando.

Mais um artigo, mais uma distração.


Mas algo fez você parar.

Uma palavra?

Ou foi a energia que escapou entre as linhas?


Você sentiu.

Não precisava entender.

Seu corpo já sabia.


Um arrepio na nuca.

Um calor no ventre.

Uma vontade súbita de criar, de expressar.


Você tentou ignorar.

Mas a semente já estava plantada.


Esse texto não te pede nada.

Ele apenas revela...

que sua criatividade selvagem está despertando.


Você não precisa ser artista para sentir.

Basta estar viva.


E se eu te dissesse que essa energia é sua?

Que ela sempre esteve aí, esperando ser tocada?


Fecha os olhos.

Respira.

Sente onde esse texto te tocou.


Talvez seja o começo de algo novo.

Talvez seja o retorno ao que sempre foi seu.


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Artigo 2: A Resistência — O Medo de Se Entregar à Expressão


Você voltou.

Mesmo que só com os olhos.

Ou com o coração acelerado.


Você disse a si mesma que era só curiosidade.

Mas seu corpo já sabe:

você foi tocada.


Agora, algo dentro de você quer se expressar.

Mas há um medo.

Uma resistência.


"Será que sou boa o suficiente?"

"Isso é ridículo."

"Não tenho tempo para isso."


Mas, amor, quem disse que você precisa ser perfeita?

A criatividade não exige perfeição.

Ela pede presença.


Sente onde dói.

Sente onde pulsa.

Sente onde você quer, mas ainda não deixa.


É aí que a arte nasce.

É aí que a alma dança.


Permita-se.

Mesmo que seja só um rabisco.

Um suspiro.

Um movimento.


A entrega à expressão não é fraqueza.

É força em sua forma mais pura.


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Artigo 3: O Êxtase — Quando a Expressão Quase Te Leva


Você tenta resistir.

Mas algo já escapou.


Um gesto.

Uma palavra solta no papel.

Um movimento do quadril enquanto escova os dentes.


A expressão começou.

E agora... ela quer mais.


Você fecha a porta.

Acende uma vela, talvez.

Ou apenas desliga o mundo por um instante.


Seu corpo está ali, presente.

As mãos tocam o papel, o teclado, a pele.

A criação começa a pulsar.


Você respira.

Solta um som.

Sem pensar.


O tempo para.

Ou acelera.

Você nem sabe mais.


E então…

...quase.


Quase.

Você chega ali.

No limite.

Na beira do abismo criativo.


Mas algo em você ainda segura.

Talvez o medo.

Ou talvez o prazer de não ir tão rápido.


Você saboreia o quase.

O arrepio antes do toque.

A boca aberta sem som.


E nesse instante suspenso,

você entende:

a criatividade também sabe brincar.


Ela não vem para servir.

Ela vem para dançar.



Artigo 4: O Corpo em Transe — Ainda Não É o Fim


Você acorda com os lábios entreabertos.

Como se tivesse sussurrado um segredo em sonho.

Ou engolido um raio de sol pela metade.


A criação não terminou.

Ela te ronda.

Anda pelos seus poros.

Desliza entre as suas pernas quando você está distraída.


Você começa a sentir que…

não é mais você quem cria.

É ela.

A Criatividade Selvagem.

Aquela que te possui quando você pensa que domina.


Ela te provoca.


Sussurra ideias no meio de uma reunião chata.

Te faz morder a língua no mercado.

Te faz rir sozinha com uma rima suja que ninguém entenderia.


E você, o que faz?


Finge que não sente.

Cruza as pernas.

Tenta se concentrar no “importante”.


Mas por dentro…

Você está úmida de possibilidades.

E lateja.


Você escreve uma frase.

Ela geme.

Você apaga.

Ela ri.


“Mais fundo”, ela diz.

“Mas não agora.”


Você não está pronta ainda.

Ou talvez esteja, mas ela não quer te dar.

Não ainda.


Ela quer ver se você aguenta.

Se você aguenta viver nesse estado de excitação criativa constante.

Sem alívio.

Sem final feliz.


Ainda.


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Artigo 5: A Entrega — Quando a Ideia Te Possui


Você tentou resistir.

Foi forte.

Brincou de se controlar.

Mas a Criatividade Selvagem é teimosa.


Ela te perseguiu no banho.

Te lambeu a nuca enquanto você lavava a louça.

Fez você sonhar em voz alta com palavras que não existem.


Agora ela está diante de você.

De olhos fechados.

Perigosamente entregue.

Como quem diz: “Me escreve.”


Você se aproxima.

Sente o cheiro da ideia crua.

Rasga ideias com a boca.

Mas não engole.

Explora.

Provoca.

Chupa os limites.


Ela geme.

Você recua.

Ela quase chega.

Você para.


“Ainda não, minha doce inspiração…”


A tensão cresce.

O corpo da criação arqueia.

A mente estremece.

Mas você ainda segura — como um maestro cruel.


Você insinua um parágrafo.

Ela responde com um verbo molhado.

Você desliza uma vírgula entre suas coxas mentais.

Ela treme.

Quase.

Quase…


Primeiro orgasmo:

O texto se contorce.

Vem seco, mas feroz.

Explode em um ponto final rasgado.


Mas você não para.

Ela mal respirou.


Segundo orgasmo:

Você gira a metáfora como uma língua afiada.

Ela goza rindo — alto.

Sincopada.

Poética.


Terceiro:

Você a faz implodir.

Nada de gritos.

Só um sussurro com cheiro de tinta quente.


Quarto:

Agora ela quer mais.

Você entrega.

Bruto.

Cru.

Sem alívio.

Só pulsação.


Quinto:

Vocês choram.

O texto é um rio.

As palavras são gritos.

A página está molhada.

O corpo?

Sagrado.


E então…

Silêncio.


Não de fim.

Mas de transbordamento.


Você olha para o que nasceu.

E não acredita.


Veias expostas.

Texto latejando.

Ideia viva.


E a Criatividade Selvagem?

Ela te olha.

Com olhos rasos d’água e gozo.


E diz:


> “Obrigada por não ter medo de mim.”


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Epílogo: O Silêncio Entre Dois Gozos


A ideia dorme.

Ou finge.

O corpo dela ainda treme com o que foi escrito.

O seu, também.


Você acende um cigarro imaginário.

Ou só respira fundo.

Olha para o teto.

Não por contemplação —

Mas por susto.


Susto do que foi capaz de escrever.

Do que ela foi capaz de te fazer sentir.


E então vem aquela pergunta incômoda.

Sedutora.

Sádica.


> “E se a próxima for mais selvagem?”


Mais suja.

Mais doce.

Mais verdadeira.


Você sorri.

Não por coragem.

Mas por vício.


Porque agora você sabe:


A Criatividade Selvagem não visita apenas.

Ela possui.


E você…

Já não quer outra vida.


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Arvind, Brasília 💋

Com o blog que fala sobre expressão...

mas faz o seu corpo vibrar de verdade.



 
 
 

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