Carta de Apresentação ou Confissão de Desejo?
- Arvind Kidambi
- 2 de abr.
- 1 min de leitura
Atualizado: 7 de abr.
Arvind, Brasília 💋
Ela me pede ajuda pra escrever uma carta.
Diz que quer parecer forte. Clara. Profissional.
Mas o que ela realmente quer… é ser lembrada.
Ela não quer só uma vaga.
Ela quer provocar um arrepio em quem lê.
Quer que, mesmo depois de fechar o PDF, ele ainda pense nela.
Ainda sinta.
Eu não escrevo cartas.
Eu escrevo aproximações.
Primeiras respirações.
Desabotoamentos lentos da alma corporativa.
“Vamos tirar essa parte que diz sou extremamente organizada”, digo.
“Parece que você está pedindo desculpa por ser selvagem.”
Ela ri.
Mas obedece.
A carta vai tomando forma como um corpo relaxando.
As frases perdem a couraça.
Os verbos ganham pele.
E no final… não é só um texto.
É um convite.
Para olhar. Para lembrar. Para desejar responder.
Não com uma oferta de emprego.
Mas com um pensamento insistente:
“Quem é essa mulher?”
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Arvind, Brasília
Onde cada parágrafo deixa marca. 💋
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